EUA hesitam e plano de ação militar na Líbia perde força

A resistência dos Estados Unidos em abrir uma terceira frente de combate deverá impedir um acordo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Reunidos hoje em Bruxelas para tratar da crise líbia como prioridade, os membros da Otan deverão se ater ao envio de assistência humanitária.

O comunicado final do encontro, porém, deverá manter a ameaça de futura intervenção militar, como meio de pressionar o líder líbio, Muamar Kadafi, a renunciar e deixar o país.

Principal opositor no governo americano, o secretário de Defesa, Robert Gates, não fez comentários ao chegar em Bruxelas. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, explicou não haver diferenças entre a opinião de Gates e as do presidente dos EUA, Barack Obama, e da secretária de Estado, Hillary Clinton, sobre a criação da zona de exclusão aérea. Em recentes declarações, Obama deixou no ar essa possibilidade. Na terça-feira, Hillary reiterou ser a intervenção militar viável apenas com o aval do Conselho de Segurança da ONU.

A reticência americana a uma ação militar na Líbia se deve a questões de princípio – o desejo de encerrar as guerras em curso e evitar novos conflitos – e orçamentárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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