Conflito

Enviado da ONU à Síria afirma que crise está piorando

O enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) à Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou hoje (24), que não espera diálogo entre governo e oposição no conflito e que a crise humanitária está piorando.

Em reunião no Conselho de Segurança, o diplomata argelino disse que o regime do ditador Bashar Assad continua a ver a crise no país como fruto de uma conspiração internacional.

Para Brahimi, Assad deseja o retorno às condições de antes da revolta popular, em março de 2011, apesar das promessas de reforma.

De acordo com fontes diplomáticas, o mediador internacional informou que há mais de 5.000 combatentes estrangeiros em meio a milícias armadas do governo e da oposição e o uso da tortura por ambos lados é cada vez maior.

Em relação à crise humanitária, o enviado especial revelou que o país enfrenta uma grave escassez de alimentos e danos a hospitais, escolas e patrimônios culturais de diversas cidades.

Brahimi confirmou informações anteriores da ONU, como o aumento do número de mortos para 25 mil e dos desalojados para 1,5 milhão de pessoas em todo o território sírio desde o início dos confrontos.

No entanto, as estimativas estão abaixo das feitas por entidades locais, como o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que calculam em mais de 29 mil o número de mortos.