Dúvida liberta gêmeos da pena de morte na Malásia

Irmãos gêmeos idênticos escaparam neste sábado (7) da pena de morte na Malásia por tráfico de drogas, depois que a corte chegou à conclusão de que não era possível provar qual dos dois homens havia cometido o alegado crime. “Eu…não posso enviar a pessoa errada para a forca”, teria dito a juíza no caso, segundo o jornal New Straits Times.

A polícia prendeu os irmãos de 27 anos em agosto de 2003 depois de ter achado uma grande quantidade de ópio e maconha em uma casa da qual um dos irmãos tinha a chave. Os dois homens foram processados, mas a juíza da Suprema Corte de Kuala Lumpur, Zaharah Ibrahim, decidiu na sexta-feira que apenas o gêmeo que tinha a chave poderia ser acusado de ser o dono das drogas.

Por causa das feições idênticas dos irmãos ficou impossível aos oficiais que testemunharam apontar qual deles tinha sido encontrado com a chave, ela não teve outra saída a não ser absolver ambos. Ela chamou o julgamento de “um caso muito único”.

Os gêmeos se emocionaram, choraram e abraçaram um ao outro depois de a juíza ler o veredicto. A Malásia aplica a pena de morte para tráfico de drogas. Mais de 200 pessoas foram executadas no país desde que a pena capital foi implementada, em 1975.

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