Cuidados com os animais aumentam no inverno

A chegada do inverno deve fazer com que proprietários de cães e gatos redobrem os cuidados com seus animais. No frio, os bichinhos precisam ser protegidos das intempéries e ter seu bem-estar garantido. Para evitar que eles fiquem doentes, algumas medidas simples e baratas podem ser adotadas no dia-a-dia.

O primeiro cuidado diz respeito à alimentação. Segundo a médica veterinária Tânia Campos Souza, que atende na Clínica Veterinária Paraná, em Curitiba, com as baixas temperaturas os animais acabam precisando de mais energia para se manter ativos. Por isso, a quantidade de alimentos fornecida pode ser aumentada em 20%. Passado o frio, a comida deve ser reduzida novamente, evitando obesidade.

A queda nas temperaturas faz com que os bichos, principalmente os idosos, fiquem mais sujeitos a dores articulares. Para minimizar o problema, tanto adultos quanto filhotes devem ser mantidos protegidos de chuva e vento. Animais que vivem fora de casa devem ter casinha cuja entrada seja protegida do vento. Já bichos de apartamento devem ser levados para passear entre as 11h e as 15h, quando normalmente são verificadas temperaturas mais amenas. Em dias de chuva, é possível proteger os animais com capinhas especiais comercializadas em pet shops.

Dentro e fora de casa, animais de pêlo curto normalmente se sentem confortáveis ao utilizar roupinhas que os mantenham aquecidos. Porém, as roupas devem ser usadas apenas nos momentos de maior frio. ?Elas devem ser retiradas pelo menos uma vez ao dia para que os pêlos sejam escovados, caso contrário eles podem embolar e acabar dando muito trabalho?, explica Tânia. Caminhas para que cães e gatos não deitem diretamente no chão e cobertas para que eles possam se esquentar durante a noite também são recomendadas. As cobertas devem ser lavadas com freqüência, sacudidas e colocadas no sol. ?Os mesmos cuidados que temos com nossas cobertas devem ser adotados com as dos animais.?

Em relação a banhos, eles precisam ser diminuídos nos períodos de frio. O indicado é que os cães tomem banho apenas de quinze em quinze dias e que os gatos, naturalmente considerados mais higiênicos, uma vez por mês. O ideal é que os banhos sejam dados em estabelecimentos especializados e não em casa. Isto porque a água deve estar em temperatura adequada e nos estabelecimentos existem equipamentos profissionais que garantem a secagem total dos pêlos. Após serem submetidos a secadores, os bichos não podem ser levados imediatamente para a rua. Devem ficar pelo menos meia hora em ambiente fechado antes de serem expostos ao ar livre. Quanto à tosa, o melhor é que ela não seja total e sim feita com tesoura.

Gripe preocupa bastante

Assim como as pessoas, os cães e gatos ficam mais suscetíveis à gripe nos meses de frio. Neles, a doença não é causada pelo vírus influenza (responsável pela gripe humana), mas também causa mal-estar e gera comprometimentos na qualidade de vida.

Cães

Nos cachorros, a gripe é chamada de Taqueobronquite Infecciosa Canina ou tosse dos canis. Causada por vários agentes que vivem espalhados pelos ambientes – entre eles a bactéria Bordetella bronchiseptica, o Adenovirus tipo 2 e a Parainfluenza – é transmitida através de contato direto entre indivíduos saudáveis e doentes. ?A doença tem maior incidência em locais onde vários cães são mantidos em um mesmo espaço, como canis?, comenta Tânia.

O principal sintoma da enfermidade é tosse aguda. Porém, também podem ser verificadas coriza e secreção ocular. Se não tratada corretamente, a gripe pode evoluir para uma pneumonia, capaz de levar os animais à morte.

A prevenção é feita através de vacinação anual, que pode ser subcutânea ou intranasal. Já o tratamento de pacientes doentes acontece através do uso de antiinflamatórios e antibióticos. Todos os medicamentos devem ser utilizados com orientação de médico veterinários. Antigripais destinados a humanos nunca devem ser fornecidos, pois podem gerar intoxicações e problemas gástricos nos bichos.

Gatos

Conhecida como Doença de Trato Respiratório Superior ou Complexo Respiratório Felino, a gripe que atinge os gatos é extremamente contagiosa. Ela pode ser transmitida através da secreção e da saliva ou da gata para seus filhotes via placenta ou amamentação.

Ocasionada pelo calicivírus ou pelo herpesvírus felino tipo 1, a doença costuma gerar secreção nasal ou ocular, dificuldade respiratória, perda de apetite e lesões na região bucal. Em fêmeas gestantes, pode fazer com que haja aborto.

O tratamento é feito por antibióticos e medicamentos que combatem os sintomas. A prevenção da doença também se dá através de vacinação. Aos dois meses de vida, os gatos devem receber uma dose da vacina quádrupla felina. A segunda dose deve ser aplicada trinta dias depois. Posteriormente, deve ser feito reforço anual.

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