Conservadores saem na frente nas eleições parlamentares do Irã

Conservadores de oposição ao presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad estão à frente nas eleições parlamentares realizadas na sexta-feira (14), segundo resultados parciais divulgados neste sábado (15). A divisão do Parlamento iraniano sugere a possibilidade de forte atrito entre o presidente e seus oponentes, entre eles, ex-aliados que ficaram decepcionados com seu governo populista e inflamado.

Os reformistas, por sua vez, dizem que obtiveram resultado melhor do que esperavam, embora a maior parte de seus candidatos tenha sido retirado da disputa pela liderança eclesiástica do Irã. Se os reformistas forem bem sucedidos e expandirem seu bloco atual de cerca de 40 parlamentares, colocarão em xeque as intenções dos parlamentares linha dura de abafar seu movimento, que busca reduzir o poder dos clérigos e a abertura do país para o Ocidente. Os reformistas estiveram entre a maioria dos desqualificados em um sistema de pré-qualificação para participar das eleições, o qual reprovou qualquer um que tivesse um passado considerado inadequado para um parlamentar.

O Ministério do Interior disse ter havido comparecimento de 60% nas urnas, acima dos 51% nas eleições parlamentares de 2004, e que todas as facções conservadoras obtiveram um pouco mais de 70% das cadeiras do Parlamento.

Os líderes iranianos descreveram a vantagem como uma demonstração de confiança da República Islâmica e como um desafio às críticas ao pleito feitas pelos Estados Unidos, que afirmaram que os líderes clérigos "manipularam a votação".

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