Congresso dos EUA chega a acordo sobre orçamento e tributos, diz líder da Câmara

Os líderes do Congresso dos Estados Unidos chegaram a um grande acordo sobre gastos do governo e tributação na terça-feira, afirmou o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, segundo parlamentares e assessores. O acordo, ainda não anunciado pelos democratas, foi fechado após semanas de negociações tanto sobre o orçamento de US$ 1,15 trilhão em gastos para o ano fiscal de 2016 quanto sobre uma legislação que faria voltar a vigorar dezenas de isenções fiscais.

O atual financiamento do governo vence à 00h01 desta quinta-feira (hora local) e congressistas dizem que precisarão de mais um pacote de gastos de curto prazo para impedir uma paralisação, enquanto as duas Casas consideram o orçamento para todo o ano. O Congresso aprovou uma lei para financiar o governo por cinco dias, na semana passada.

Os congressistas concordaram no fim de outubro com um nível geral de financiamento, como parte de um pacto orçamentário para o período de dois anos, mas têm divergido há semanas sobre que políticas estarão atreladas a isso. A lei tributária tornaria permanentes isenções fiscais apoiadas por cada partido e deve retardar ou suspender vários impostos criados no Affordable Care Act, lei federal sancionada pelo presidente Barack Obama em 2010 que reformou o sistema de saúde norte-americano.

Membros do Partido Democrata disseram que esperavam barrar a maioria das medidas conservadoras do Partido Republicano. O acordo também deve incluir o fim da proibição para os EUA exportarem petróleo.

Os republicanos controlam a Câmara e o Senado, mas precisam de votos democratas para aprovar legislação nas duas Casas. Em troca de acabar com a proibição à venda de petróleo ao exterior, os democratas devem ganhar uma extensão de cinco anos em créditos para a produção de energia eólica e solar.

A Câmara deve votar separadamente o orçamento e a legislação tributária, provavelmente nesta quinta-feira. As medidas devem então ser unidas em um pacote enviado ao Senado, onde em geral a tramitação demora mais, por causa dos intrincados processos dessa Casa. Fonte: Dow Jones Newswires.

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