Commonwealth encerra encontro bianual

Os líderes dos países do Commonwealth, grupo que reúne 54 Estados da Comunidade Britânica, insistiram hoje que alcançaram grandes progressos no seu encontro bianual, apesar de não terem conseguido chegar a um acordo sobre uma reforma na área de direitos humanos. O encontro, na Austrália, contou com a participação da rainha da Inglaterra, Elizabeth II.

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, que pressionava pela implementação de um órgão supervisor para o cumprimento dos direitos humanos, disse que o fórum obteve progressos, ao fortalecer o papel que o Commonwealth pode exercer ao lidar com países acusados de violar os direitos humanos.

O relatório de um grupo de pessoas eminentes do bloco, que foi criado no último encontro, recomendou que os líderes indicassem um comissário de direitos humanos. Um dos principais opositores da proposta é o Sri Lanka, acusado de violar os direitos humanos durante os 26 anos de conflito com o grupo separatista Tigres Tâmeis, que terminou em 2009.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, levantaram a possibilidade de um boicote à próxima reunião do Commonwealth, que será realizada no Sri Lanka, em 2013. “Eu acho que eles deveriam estar cientes de que vão sediar o encontro do Commonwealth em 2013 e que depende deles mostrar avanços, para que possam receber o maior número possível de países”, comentou Cameron.

Durante a reunião, os 16 países do Commonwealth que têm Elizabeth II como chefe de Estado concordaram em mudar as regras de sucessão real, permitindo que o primogênito dos monarcas – seja menino ou menina – tenha direito ao trono. Além disso, também foi liberado o casamento do herdeiro real com um católico romano. As informações são da Associated Press.

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