?Comida viva? é a última moda vegetariana nos EUA

A “comida viva”, como foi batizada a série de receitas criadas pelo “chef” Jill Pettijohn, é a última novidade em alimentação no circuito dos ricos e famosos da Europa e Estados Unidos. Entre os fãs do novo cardápio estão Nicole Kidman e Tom Cruise, e a atriz Drew Barrymore, que tenta conservar-se como a eterna criança do filme “E.T.”.

A nova tendência também alcançou o mundo da moda, por intermédio da estilista Donna Karan, de 54 anos, vítima de um terrível acidente de esqui que quase a deixou paralítica, que ressurgiu nos recentes desfiles de Nova York mais “sexy” que nunca e com dez quilos a menos, graças à nova dieta.

As receitas de Pettijohn, chamadas “live food” (comida viva), têm um denominador comum: se originam de uma variante radical da “raw food” (comida crua) que foi por algum tempo a vanguarda do vegetarianismo. Na verdade, o “chef” desenvolveu os princípios enunciados por David e Annie Jubb, os verdadeiros criadores da “comida viva”.

“A comida possui uma força vital, ela ainda está viva. Tem ainda suas enzimas intactas, e isto auxilia as células danificadas a rejuvenescer-se”, disse o cozinheiro, esclarecendo que “comida viva” não tem nada a ver com insetos arrastando-se na mesa ou pedaços de carne de boi ainda palpitante. “Somos vegetarianos, não canibais”, explicou indignado.

As “regras de ouro” são poucas, mas implicam altos custos nas compras e longo tempo de preparação: os ingredientes devem ser frescos e não podem ser aquecidos acima de 42o (cinco graus menos que a “raw food”). Alimentos com conservantes ou geneticamente modificados são proibidos.

A lista de produtos vetados também inclui açúcar e farinhas refinadas, enlatados e até mesmo bebidas gasificadas. O café foi porém liberado: “é um antioxidante, mas deve ser tomado com moderação”, afirmou Pettijohn.

A apresentação dos pratos também desempenha um papel essencial. Um exemplo: verduras dispostas artisticamente entre torradas feitas com farinha de sementes de linho. “A sensibilidade do ?chef? muda com a ?comida viva?, pois não se trata mais de pôr numa frigideira 20 g de manteiga para dar sabor a um prato”, comentou a “chef” Roxanne Klein.

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