O comandante das Forças Armadas da Colômbia, general Alejandro Navas, declarou hoje que seria irresponsável de sua parte afirmar que o novo líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, também conhecido como Timoleón Jiménez, o “Timochenko”, encontra-se em território venezuelano.
“Nós, como autoridade, não somos os donos da verdade, seria irresponsável se déssemos uma localização sem ter certeza disso”, afirmou o oficial quando questionado pela rádio colombiana La FM sobre o local onde estaria o dirigente guerrilheiro.
“A verdade é que nós, o comando das forças militares, realmente não temos a localização deste líder”, concluiu Navas, apesar de diversos analistas afirmarem, desde antes de Timochenko ter assumido a liderança do grupo, que ele se encontra escondido de forma ilegal em território venezuelano.
Segundo o oficial, se os militares soubessem do paradeiro do guerrilheiro, “estaríamos promovendo uma operação” e, caso ele estivesse em outro país, informariam ao governo correspondente para que pudessem empreender ações “de caráter diplomático”.
Bogotá chegou a acusar Caracas, durante a gestão de Álvaro Uribe (2002-2010), de abrigar terroristas das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN), fato que fez com que Hugo Chávez rompesse os vínculos bilaterais.
Navas ainda pediu, assim como fez recentemente o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, que os membros das Farc abandonassem o grupo para poupar suas vidas.
“Os integrantes das Farc têm que fazer uma leitura dos acontecimentos de 4 novembro”, disse Navas referindo-se ao dia da morte de Alfonso Cano, antecessor de Timochenko. Esta postura reitera a posição do presidente do país, Juan Manuel Santos, que pediu, ao anunciar a morte de Cano no começo deste mês, que os guerrilheiros se entregassem às autoridades.
“Este golpe é uma confirmação do que dissemos tantas vezes: o crime não compensa, a violência não é o caminho”, disse Santos, na ocasião.