Colômbia afirma ter matado equatoriano em incursão no país vizinho

O ministro da Defesa da Colômbia anunciou na noite de domingo (23) que um cidadão equatoriano estava entre as mais de 20 pessoas mortas durante uma incursão das forças colombianas no território do Equador. Na ação, realizada em 1º de março, foi morto o então número 2 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

A confirmação de morte de um equatoriano ameaça reavivar a tensão entre os vizinhos andinos. Os dois países ainda não retomaram as relações diplomáticas.

O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, disse que um dos dois corpos levados à Colômbia após o ataque eram de um equatoriano. Ele foi identificado apenas pelo nome de guerra, "Lucho".

O cadáver do equatoriano havia sido inicialmente identificado como do rebelde colombiano Julian Conrado, e levado para a capital colombiana, Bogotá, junto com o corpo de Reyes.

Parentes de um chaveiro equatoriano desaparecido disseram que, após verem algumas fotos dos cadáveres, teriam o reconhecido. A família de Franklin Aizalia planeja viajar a Bogotá nesta segunda-feira (24), para tentar confirmar a identidade.

O presidente do Equador, Rafael Correa, havia ameaçado lançar uma nova ofensiva diplomática contra a Colômbia se os testes de DNA confirmassem que as forças colombianas mataram um cidadão equatoriano.

O ministro colombiano pediu calma aos equatorianos. "Ao presidente Correa e às autoridades equatorianas: sejam cuidadosos (para não) deixarem-se agir de forma impiedosa em prol de criminosos", disse Santos. O ministro da Defesa qualificou o ato de seu país no território do vizinho como um "ato legítimo de guerra".

Correa chegou a dizer logo após a incursão que, se houvesse cidadãos equatorianos mortos, "já estaríamos em guerra". Posteriormente moderou as declarações, porém pediu uma resposta firme da Organização dos Estados Americanos (OEA) caso se confirmasse a morte de um equatoriano.

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