China faz pedido de ajuda e confirma 19,5 mil mortos

Em meio às novas informações de que o terremoto ocorrido na última segunda-feira (12)pode ter matado 50 mil somente na província de Sichuan, o governo da China fez nesta quinta-feira (15) um raro pedido público de ajuda. O governo pediu ao público doações de equipamentos de resgate para acelerar os trabalhos de salvamento: martelos, pás, ferramentas de demolição e botes de borracha. Na página do Ministério da Indústria da Informação, por exemplo, uma nota afirma que cem guindastes são necessários.

Mais de 72 horas depois do terremoto de 7,9 graus na escala Richter ter devastado a região central da China, o foco dos agentes de resgate começava a mudar do salvamento de sobreviventes para a busca por corpos. De acordo com os dados atualizados hoje, há 19.509 mortes confirmadas pela Agência de Ajuda a Vítimas de Desastres Naturais do Conselho de Estado. Em um contexto no qual dezenas de milhares de pessoas estão soterradas ou desaparecidas, o órgão governamental teme que o número de mortos chegue a 50 mil.

Depois de mais de três dias presa sob os escombros, uma mulher de 22 anos foi salva nesta quinta-feira (15) em Dujiangyan. Coberta de poeira, pouco antes de ser resgatada, ela acenou para as câmeras de televisão que acompanhavam o salvamento. "Eu sabia que eles viriam me salvar. Estou viva. Estou tão feliz", disse a mulher, não identificada, à CCTV.

Mas um especialista adverte que o tempo está se esgotando. "O período de 72 horas depois do desastre é o momento crítico. Geralmente, quanto mais cedo um sobrevivente for resgatado, melhor", explicou Laing Guiping, engenheiro-chefe do Instituto de Sismologia de Shijiazhuang, à TV estatal.

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