Chile reduz número de vítimas e identifica 279 mortos

O governo chileno reduziu no fim da noite de ontem o número oficial de mortos pelo terremoto do sábado. A administração do país separou os dados, tentando distinguir entre as mortes confirmadas e os desaparecidos. A mudança ocorreu no momento em que o Ministério do Interior assumiu o controle da compilação, antes a cargo do Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol).

O subsecretário do Interior, Patricio Rosende, leu na noite de ontem os nomes de 279 mortos confirmados. Ele não forneceu, porém, o número total de mortos nem dos desaparecidos. Anteriormente, as autoridades chilenas confirmavam 802 mortes no terremoto e no tsunami que se seguiu.

Falando hoje à Rádio Cooperativa, Rosende não quis culpar o Onemi por erros no balanço. Segundo ele, os erros ocorreram por causa das condições precárias nas regiões atingidas pelo terremoto. “Você tem que se colocar no lugar das autoridades locais”, afirmou Rosende. “Este não foi um pequeno tremor de forma alguma, portanto, quando há confusão entre as pessoas que estão desaparecidas, não podem ser alcançadas ou em abrigos que são declaradas mortas, você tem que entender esses erros.”

Rosende disse que o governo optou por ler os nomes dos mortos confirmados como um tributo a eles. Também foi declarado luto oficial de três dias. O general Bosco Pesse, chefe militar da região de Maule, a zona que fica mais próxima do epicentro, reduziu o número de mortos na área dos 587 registrados anteriormente para 316. As informações são da Dow Jones.