Chile preocupa Federação Internacional de Direitos Humanos

Santiago do Chile – A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) manifestou sua preocupação com a falta de direito à justiça no Chile, e alertou que as penas aos responsáveis por violações aos direitos humanos "não são, em todos os casos, proporcionais ao dano causado".

"O direito à justiça é motivo de preocupação para a FIDH e, em particular, o fato de que a determinação das responsabilidades penais dependa da composição da sala dos Tribunais, e as penas aos responsáveis por violações de direitos humanos não sã, em todos os casos, proporcionais ao dano ocasionado", denunciou.

Representantes do organismo visitaram o Chile entre 14 e 23 de abril, para divulgar o processo, em Paris, contra 15 repressores chilenos acusados de tortura e desaparecimento forçado de quatro cidadãos franco-chilenos, durante a ditadura militar (1973-1990). As vítimas são Alfonso Chanfreau, Jean-Yves Claudet, Georges Klein e Etienne Pesle, cujos familiares pediram justiça na França, em 1998.

Durante sua visita ao Chile, a FIDH manteve reuniões com autoridades políticas, como o ministro da Justiça, Carlos Maldonado, e a assessora presidencial para direitos humanos, María Luisa Sepúlveda.

Também teve uma breve reunião com a presidente Michelle Bachelet, no antigo centro ilegal de detenção e torturas Villa Grimaldi, hoje Parque pela Paz.

"A FIDH notou o grande interesse e expectativa da sociedade civil chilena com o processo (na França)", afirmou a organização em um comunicado.

Ela também elogiou "o trabalho imprescindível dos querelantes, dos advogados de direitos humanos e de alguns juízes na busca da verdade e da justiça para as vítimas dos assassinatos cometidos durante a ditadura militar no Chile".

Os especialistas internacionais da FIDH se reuniram com organizações de direitos humanos e familiares das vítimas da ditadura de Augusto Pinochet, que destacaram a importância da visita, assegurando que o processo na capital francesa "é um alívio para todos nós".

"Tendrá también que reactivar conversaciones pendientes", en el marco de la transición chilena, respecto del paradero, aún, desconocido de detenidos desaparecidos en Chile, declaró un familiar de una de las cuatro víctimas franco chilenas.

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