O noivo vai chegar na cerimônia vestindo roupa de couro em cima de uma moto Suzuki Bantit 1200 – carinhosamente chamada de “Penélope”. Já a noiva vai usar calça e jaqueta de couro branco e chegar em um triciclo vermelho.
A marcha nupcial será o estridente barulho dos motores de cerca de 5 mil motos que estarão participando do ritual. Essa produção, nada convencional, será para marcar o casamento da gerente financeira curitibana Rejane Marise Ghilardi, de 29 anos, e do oficial da Marinha Mercante Pedro Paulo Santos, 32.
A cerimônia, com direito a padre e juiz de paz, será celebrada amanhã, às 18h, em Paranaguá, durante o 3.º Paranaguá Moto, evento que reúne motociclistas de várias partes do Brasil. O casal se conheceu pela internet em outubro do ano passado. A paixão por motos e viagens foi decisiva para que eles resolvessem oficializar a união. Rejane conta que a paixão pela vida em duas rodas atraiu o carioca Pedro para Curitiba, pois quando se conheceram pelo computador ele morava em Vitória (ES) e somente nas folgas vinha para Curitiba. A vontade de ficar perto da sua aventureira fez Pedro mudar para o Paraná.
A partir daí, começaram a freqüentar vários encontros de motos. Hoje fazem parte do grupo dos Robalos Rebeldes, do Moto Clube de Paranaguá. A idéia do casamento exótico, conta Rejane, surgiu de uma brincadeira entre amigos. “Falei brincando e eles levaram a história a sério, daí programaram tudo”, relata. Os pais da noiva, afirma Rejane, acharam a idéia “um barato” e deverão acompanhar a cerimônia. Já a tia de Pedro, de 76 anos, que criou o sobrinho desde menino, ainda não sabe que a festa terá tantos convidados.
Depois da cerimônia, os noivos ficarão em Paranaguá, deixando a viagem de lua-de-mel para o fim do ano. Os dois vão percorrer, de moto, mais de 2 mil quilômetros até o Chile.