Brasil pode contribuir com o processo de paz no Oriente Médio, diz Amorim

Annapolis (Estados Unidos) – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, relacionou sua participação na Conferência de Paz sobre o Oriente Médio de Annapolis, nos Estados Unidos, com o "reconhecimento internacional" de um país em desenvolvimento como o Brasil.

"Representa um reconhecimento da comunidade internacional para com um país em desenvolvimento que tem uma política externa ativa e uma vocação de trabalhar pelo diálogo", disse Amorim à agência EFE após uma entrevista coletiva realizada na Embaixada do Brasil, em Washington.

O chefe da diplomacia brasileira salientou a importância da presença do seu país e do México como representantes da América Latina e dos países em desenvolvimento na conferência, e disse acreditar que o Brasil "pode contribuir para o processo de paz".

Os mexicanos contarão com a presença da subsecretária das Relações Exteriores, Lourdes Aranda, confirmaram fontes diplomáticas.

Ao que parece, depois da publicação da lista oficial de países participantes na conferência, o subsecretário de Estado norte-americano para a América Latina, Thomas Shannon, considerou que a região estava muito pouco representada e enviou convites a ambos os países.

Segundo Amorim, que reconheceu que nesta conferência as novidades devem ser poucas, "o simples fato de se poder retomar um processo de negociações que não esteja cheio de condições prévias pode ser algo muito positivo".

"Dentro dos princípios básicos da criação de um Estado palestino e da segurança de Israel, é muito positivo que se possa trabalhar com algumas das questões do que se chama o estatuto final e das medidas de criação de confiança", disse o ministro.

Amorim considerou que o Brasil "é um exemplo de país onde pode haver uma boa convivência entre as comunidades judias e árabes", o que, segundo ele, "é parte importante na criação de um clima de confiança" que não se constrói só a nível político.

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