Brasil é campeão em reciclagem de latas de alumínio

O Brasil acaba de ser confirmado, pela segunda vez consecutiva, como campeão mundial no ranking de reciclagem de latas de alumínio entre os países onde essa atividade não é obrigatória por lei, com um índice de 87% referente a 2002. A confirmação foi dada pela divulgação oficial do índice japonês, feita pela Japan Aluminum Can Recycling Association, que ficou em 83,1%. O índice brasileiro foi anunciado em abril deste ano pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), mas aguardava o anúncio dos números japoneses para comemorar sua liderança absoluta. O Brasil ultrapassou o Japão ? que liderou o ranking de 1995 a 2000 ? pela primeira vez em 2001, com um índice de 85% contra 82,3%.

O índice brasileiro de 87% corresponde à reciclagem de 121,1 mil toneladas de latas de alumínio ou, aproximadamente, 9 bilhões de unidades. A reciclagem de alumínio no Brasil envolve perto de 2.000 empresas e movimenta R$ 850 milhões por ano. Estima-se que mais de 150 mil pessoas vivem exclusivamente da coleta de latas de alumínio no país. Além disso, a reciclagem do alumínio tem colaborado para o crescimento da conscientização ambiental. Programas específicos de educação ambiental e de reciclagem desenvolvidos por empresas do setor em parceria com escolas, clubes e entidades beneficentes têm despertado interesse cada vez maior da sociedade pela reciclagem de materiais.

Entre os benefícios da reciclagem de latas de alumínio destacam-se ainda preservação do meio ambiente (além de reduzir a extração de bauxita, a reciclagem poupa espaço nos aterros sanitários), e a economia de energia elétrica, que chega a 95% no processo produtivo. Em 2002, a reciclagem de latas de alumínio proporcionou a economia de cerca de 1.700 GWh/ano, o que corresponde a 0,5% de toda a energia gerada no país. Esse total seria suficiente para atender a demanda de uma cidade de um milhão de habitantes, como Campinas (SP), por exemplo.

No ranking dos maiores recicladores de latas de alumínio estão também os Estados Unidos, com índice de 53% e a Europa, com índice médio de 45%.

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