Brasil, Colômbia e Argentina pedem diálogo na Bolívia

Os governos de Brasil, Colômbia e Argentina pediram ao presidente boliviano, Evo Morales, e aos oposicionistas o "pronto estabelecimento do diálogo franco e amplo". A solicitação ocorre após a realização de um referendo, no domingo no departamento (Estado) de Santa Cruz, quando foi aprovado um estatuto de autonomia daquela região. Em uma declaração divulgada nesta terça-feira (6), as três nações que integram o Grupo de Países Amigos da Bolívia assinalaram que o diálogo deve se orientar "para a preservação da institucionalidade democrática e da integridade territorial". O texto também pede "um clima de paz, serenidade e tolerância".

Os três países enviaram missões à Bolívia para ajudar na busca de uma solução. Mas os esforços dessas nações e da Organização dos Estados Americanos (OEA) tropeçaram na negativa dos líderes de Santa Cruz, quando solicitados a não realizar a consulta. Brasil e Argentina enviaram ao país seus ministros de Relações Exteriores, Celso Amorim e Jorge Taiana, respectivamente. A Colômbia enviou seu vice-ministro das Relações Exteriores, Camilo Reyes.

Dois dias depois do referendo não havia uma data para o diálogo. Isso apesar de tanto Morales quanto o prefeito de Santa Cruz, Rubén Costas, anunciarem a intenção de realizá-lo. Hoje a Corte Eleitoral de Santa Cruz informou que, com 56% dos votos apurados 85,6% dos eleitores votaram pelo sim ao estatuto autonômico, e 14,3% rejeitaram o texto.

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