Biden reafirma apoio dos EUA ao governo libanês

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou o apoio norte-americano ao governo libanês hoje. O país prepara-se para uma eleição em duas semanas, na qual a facção pró-Ocidente deve ser vencida pelo Hezbollah, que conta com o apoio do Irã, e seus aliados. O Hezbollah acusa Washington de tentar influenciar na eleição de 7 de junho a favor da facção pró-Ocidente que domina o governo. O grupo militante disse que as visitas de Biden e da secretária de Estado Hillary Clinton, um mês atrás, levantam “uma forte suspeita e representa uma clara e específica interferência nos assuntos libaneses”.

Biden é o representante de mais algo grau a visitar o Líbano em mais de 25 anos. Militantes pró-Irã fizeram dos norte-americanos alvos de atentados e sequestros nos anos 1980 durante a guerra civil, o que resultou numa proibição para viagens de cidadãos dos Estados Unidos ao país, que durou 12 anos e foi levantada em 1997. A visita de Biden, pouco depois da de Hillary, ressalta a atenção da administração do presidente Barack Obama sobre a possível vitória do Hezbollah, que é considerado um grupo terrorista pelo governo norte-americano.

“O Líbano sofreu terrivelmente com a guerra e agora temos uma oportunidade verdadeira para a paz”, disse Biden, depois de um encontro com o presidente Michel Suleiman. “Então, eu peço àqueles que pensam em se alinhar aos destruidores da paz que não percam essa oportunidade para deixá-los.” A 16 dias das eleições, o país está em meio a uma campanha eleitoral que dividiu os eleitores em dos grupos principais. Uma facção pró-Ocidente composta principalmente por sunitas é favorável a laços com os Estados Unidos, França e países árabes sunitas moderados. A outra facção é dominada por xiitas e a apoia o Irã e a Síria.