Austrália quer mais países na busca pelo desarmamento

O mundo precisa de um tratado sobre armas nucleares que inclua Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte. A avaliação é de Gareth Evans, ex-ministro australiano de Relações Exteriores, apontado como presidente do novo organismo internacional que buscará o desarmamento nuclear. A nomeação do ex-ministro para o cargo de chefe da Comissão de Desarmamento e Não-proliferação Nuclear foi anunciada na segunda-feria (9) pelo primeiro-ministro Kevin Rudd.

Para Evans, os países que normalmente se recusam a endossar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) devem ser incluídos em um novo processo, caso o mundo busque abandonar as armas nucleares. "Nós temos que trazer Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte – todos aqueles que atualmente têm armas, mas estão fora dessa estrutura", afirmou ele em entrevista a Australian Broadcasting Corp., falando da Romênia. Segundo Evans esse processo de inclusão pode significar "um tratado sobre armas nucleares totalmente novo".

Rudd apontou que o novo órgão busca reunir "países com mentalidade semelhante" para fortalecer o TNP. O tratado de 1980 firmado por 190 nações, busca evitar a difusão de tecnologias e armas nucleares e aprofundar o objetivo do desarmamento nuclear.

Rudd disse que a comissão liderada pela Austrália – para a qual ele espera adesões de outros países – apresentaria recomendações para uma conferência internacional de especialistas no fim de 2009. Conferências são realizadas a cada cinco anos para avaliar o grau de implementação do acordo.

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