Atentados deixam 11 mortos no Iraque

Homens armados invadiram no começo da madrugada de hoje uma casa na cidade de Sadiyah, 95 quilômetros ao norte de Bagdá, e mataram três pessoas. As crianças que sobreviveram foram enviadas para um posto de verificação do Exército iraniano para atrair os soldados até a residência. Quando os militares chegaram ao local, a casa explodiu, matando oito soldados.

O incidente, ocorrido de madrugada na volátil província de Diyala, destaca os perigos que as forças de segurança iraquianas ainda enfrentam enquanto boa parte dos militares norte-americanos se prepara para deixar o país no fim do mês e encerrar todas as operações de combate.

Também demonstra o desenvolvimento constante e as táticas sofisticadas dos insurgentes que, segundo autoridades iraquianas e norte-americanas, teriam sido seriamente prejudicados desde as mortes de seus principais líderes.

Um alto funcionário da cidade, xeque Ahmed Al-Zarqushi, afirmou que os homens invadiram a casa e mataram um homem e duas mulheres. Eles, então, mandaram duas crianças que estavam na casa até o posto de verificação do Exército iraquiano para pedir ajuda. “Quando as forças iraquianas entraram na casa, ela explodiu, matou oito soldados e deixou quatro feridos”, disse. Ele não precisou se os suspeitos foram embora antes da chegada das tropas. Al-Zarqushi disse também que grupos ligados à Al-Qaeda são muito ativos na área.

Em Bagdá, homens armados invadiram a casa de uma médica e a mataram, informaram funcionários do Ministério da Saúde e da polícia. O ministro da Saúde, Saleh al-Hasnawi, disse que os homens invadiram a casa da doutora Intissar al-Tuwaijri por volta das 6 horas, amarraram seu marido e mataram a médica.

Al-Tuwaijri era a diretora-geral do hospital e maternidade Alwiyah Maternity na região de Karradh, centro de Bagdá. Um policial disse que investigações preliminares mostraram que os homens usaram pistolas com silenciadores e roubaram 250 milhões de dinares (cerca de US$ 215 mil).