Assange pede ao Supremo que seu caso seja reaberto no Reino Unido

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, pediu nesta terça-feira ao Supremo Tribunal- máxima instância judicial britânica – que reabra seu caso, na tentativa de evitar sua extradição para a Suécia devido a vários crimes sexuais negados pelo australiano. Uma porta-voz do tribunal de Londres confirmou à Agência Efe que foram recebidos hoje os documentos apresentados pela defesa com o pedido do ativista e jornalista de 41 anos.

Os juízes do tribunal londrino devem estudar agora os documentos, embora a porta-voz não tenha especificado quando se pronunciarão a respeito. No dia 30 de maio, o Supremo deu sinal verde à extradição de Assange para a Suécia, como já haviam feito previamente duas cortes de categoria inferior no Reino Unido, ao rejeitar um recurso da defesa do australiano.

Os três tribunais consideraram que o euro-mandado emitido pelas autoridades suecas para pedir a extradição de Assange cumpre com os requerimentos legais, ao contrário do argumentado pela defesa. A aplicação da decisão do Supremo foi adiada, no entanto, a pedido dos advogados do australiano que, baseando-se em um termo técnico legal, alegaram que a Convenção de Viena não foi discutida em matéria de tratados e leis durante o processo legal, apenas especificada na decisão final.

A defesa de Assange argumentou, até agora sem sucesso, que o mandado emitido pela Suécia não é válido por ter sido expedido por um promotor, e não por um juiz. O fundador do portal Wikileaks, que revelou milhares de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, foi detido em Londres em 7 de dezembro de 2010 em virtude da ordem de extradição expedida pela Suécia, onde é acusado de três crimes de agressão sexual e um de abuso sexual de duas mulheres suecas em agosto de 2010. Julian Assange sempre negou essas acusações, que considera produto de motivações políticas.

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