País dividido

Após segunda noite de protestos, Trump acusa mídia de ’incitar’ manifestantes

Manifestantes protestam em Baltimore, Maryland, na noite da quinta-feira, 10. Também ocorreram protestos em Chicago, Denver, Dallas entre outras cidades./Foto: Lloyd Fox/Associated Press/Estadão Conteúdo

Pela segunda noite consecutiva, os Estados Unidos foram palco de protestos contra o recém-eleito presidente, o magnata republicano Donald Trump. Sob o slogan “not my president”, os manifestantes saíram às ruas de várias cidades do país para denunciar que Trump representa o “ódio social” e que o empresário não foi escolhido por eles para assumir a Casa Branca.

“Eu acabei de vencer uma eleição presidencial aberta e de sucesso. Agora chegam estes manifestantes profissionais, incitados pela mídia, para protestar. É muito injusto”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Assim como os protestos de ontem, nesta madrugada houve focos de manifestação em vários lugares. De acordo com a imprensa norte americana, os atos ocorreram em menos 25 cidades do país, os quais terminaram com 100 pessoas detidas. Cerca de 30 manifestantes foram presos em Nova York, diante da Trump Tower, na 5ª Avenida.

Em Portland, no estado do Oregon, a polícia prendeu pessoas que destruíram vitrines de lojas e colocaram fogo em lixeiras públicas do centro da cidade. Também foram disparadas balas de borracha e usados spays de pimenta para dispersar os manifestantes. Em San Francisco, universitários carregaram bandeiras do México e de movimentos de apoio a gays para protestar contra Trump. “Ele não é meu
presidente” foi o slogan mais proferido durante a noite.

Em Los Angeles, Denver e Minneapolis, a polícia precisou fechar temporariamente algumas vias para coordenar os manifestantes nas ruas. Trump foi eleito o 45 º presidente dos Estados Unidos na última terça-feira (8), ao derrotar a candidata democrata, Hillary Clinton.

Ele conseguiu mais votos no colégio eleitoral que Hillary, a qual, no entanto, foi mais apoiada nas urnas. A democrata conquistou 47,7% dos votos nas urnas, mas apenas 232 no colégio eleitoral. Já Trump teve 47,5% dos votos, com 306 do colégio eleitoral.