Aos 60 anos, Exército chinês exibe força

Após ganhar o maior número de medalhas de ouro na Olimpíada de Pequim e assumir o posto de terceira economia do planeta, a China mostra ao mundo amanhã seu crescente poderio militar, alimentado por um orçamento anual que há duas décadas cresce a taxas de dois dígitos. O desfile que marcará os 60 anos de fundação do país também reafirmará a supremacia do Partido Comunista, ao qual está subordinado o Exército de Libertação Popular – as Forças Armadas do país não são uma instituição do Estado, mas do partido.

A parada apresentará 52 tipos de armas desenvolvidas e fabricadas na China, 90% das quais serão mostradas ao público pela primeira vez. O arsenal inclui novos mísseis nucleares intercontinentais e caças. “Temos quase todos os equipamentos avançados que países ocidentais desenvolvidos possuem. Essa é uma conquista extraordinária, que revela o grau de nossa modernização militar”, disse, na semana passada, o ministro da Defesa Liang Guanglie .

Pequim também tem um número crescente de submarinos e, em breve, deverá ter a maior frota do mundo. Analistas afirmam que pelo menos 2 dos estimados 60 submarinos chineses têm poder de disparar mísseis nucleares. Os Estados Unidos sustentam que os gastos militares da China são superiores aos declarados oficialmente e afirmam que o fortalecimento do Exército pode desestabilizar a região Ásia-Pacífico.