Ao menos 30 morrem em atentados com carros-bomba

Três carros-bomba explodiram em Aleppo, a segunda maior cidade síria, matando ao menos 30 pessoas, deixando dezenas de feridos e causando destruição massiva, de acordo com a imprensa estatal do país.

Aleppo é o ponto comercial mais importante do país. A cidade tem sido um dos principais campos de batalha entre as forças do regime do ditador Bashar Assad e os rebeldes, que tentam removê-lo do poder. Durante a revolta contra Assad, que já dura 18 meses, atentados suicidas têm sido frequentes na capital do país,

Damasco, mas não em Aleppo. Num dos poucos casos registrados, dois carros-bomba explodiram no centro industrial de Aleppo em fevereiro deste ano, deixando 28 mortos.

As explosões ocorreram por volta das 7h30 locais (1h30 de Brasília), em Saad Alá al Yabri, uma das principais praças da cidade. A praça fica em um distrito controlado pelo governo. Uma quarta explosão aconteceu a alguns metros da Câmara de Comércio local, mas ainda não há informações sobre mortos e feridos nesse ataque.

A onda de explosões causou pânico nos moradores, que disseram à televisão estatal que o impacto foi comparável a uma série de terremotos. Imagens da emissora revelam um prédio caído e outro com a fachada severamente danificada, um posto de gasolina e outros imóveis destruídos, além de corpos sendo retirados dos escombros.

Um porta-voz do governo sírio disse que a tendência é que o número de mortos aumente em breve, devido à condição crítica dos feridos. Ele também revelou que soldados do Exército do país mataram outros dois homens-bomba na área das explosões, antes que eles pudessem se detonar.

Ativistas contra o regime de Assad declaram que as vítimas são membros das forças oficiais e que a praça é uma das suas bases de operações, informação confirmada pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, controlado pela Grã-Bretanha.