Antártica é fundamental nos estudos climáticos

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No caso do Brasil, não existem
mais dúvidas de que as relações
entre o tempo do País e a
Antártica são muito fortes.

São Paulo – As duas regiões polares, a cada novo estudo, ficam mais integradas ao globo como um todo e também ao espaço. Elas são importantes para o entendimento das mudanças do tempo, para a circulação dos oceanos e para diversos outros fenômenos. No caso específico do Brasil, não existem mais dúvidas de que as relações entre o tempo do País e a Antártica são muito fortes.

Diante de tudo isso, nada mais natural do que a criação de um ano inteiro para intensificar as pesquisas nos dois extremos do planeta e, talvez mais importante, que essas duas regiões e sua importância possam ser mais bem divulgadas para toda a sociedade. Será o quarto Ano Polar Internacional, que ocorrerá entre março de 2007 e março de 2008. ?O Brasil estará presente, fazendo ciência de alto nível. É isso que interessa em termos dos estudos das regiões polares?, disse Jéfferson Simões, glaciólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Segundo o cientista, mais de 20 atividades foram propostas para a Antártica. ?Ao todo, estarão reunidas mais de 20 instituições nacionais.?

Dos R$ 30 milhões orçados pelos pesquisadores para os estudos no ano polar, R$ 10,2 milhões estão assegurados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), segundo Simões. ?Claro que não é tudo, mas é uma quantia importante, ainda mais porque ela será liberada para um único período de estudo, fato inédito em termos do Programa Antártico Brasileiro?, disse.

Ao lado do Brasil, outras dezenas de países deverão intensificar estudos na Antártica durante o Ano Polar Internacional, que teve sua última edição entre 1957 e 1958. Um dos projetos mais aguardados está sendo desenvolvido pela Rússia. ?Eles estão a 75 metros de chegar a um dos lagos antárticos a mais de 3 mil metros de profundidade dentro do gelo. Os ambientalistas estão querendo impedir o fim da perfuração, mas, se ela for concluída, o homem terá acesso a um novo ambiente na Terra. É impossível saber, por exemplo, o que será encontrado em termos de microrganismos. Parece algo de ficção científica mesmo. Hoje, sabemos que existem mais de 150 lagos em toda a região?, disse Simões. 

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