Alemanha pede resposta unificada à situação na Síria

O ministro de Relações Externas da Alemanha, Guido Westerwelle, pediu nesta terça-feira que os membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) encontrem uma “resposta unificada” à repressão na Síria, advertindo que a falta de ação vai enfraquecer a autoridade da ONU.

“Nós precisamos encontrar uma resposta unificada, unida e comum a esta repressão na Síria, a qual não podemos aceitar”, disse Westerwelle em Haia, após almoço de trabalho com seu colega holandês, Uri Rosenthal.

O ministro alemão declarou que o mundo deve “mostrar solidariedade com aquelas pessoas que estão nas ruas agora” na Síria e exigem democracia, liberdade e direitos humanos.

Ele disse que se os Estados membros não podem falar a uma só voz, “isso vai enfraquecer a autoridade da ONU e da comunidade internacional”.

“No momento, estamos em discussões cruciais, estamos realmente pedindo aos nossos parceiros e pedimos aos nossos parceiros que aceitem uma resolução comum com o Conselho de Segurança da ONU”, afirmou Westerwelle aos jornalistas, durante coletiva de imprensa.

Nesta terça-feira, a Rússia chamou de “inaceitável” o esboço de uma resolução do Conselho de Segurança que condena a repressão na Síria, apesar de mudanças de última hora que retiraram referências diretas às sanções.

Inicialmente, a Rússia havia proposto sua própria resolução, que apenas pediu mais diálogo, e a seguir começou a pressionar o Ocidente para que aliviasse a linguagem no esboço de resolução.

A proposta atual levaria a medidas contra Assad se ele não cumprir, no prazo de 30 dias, as medidas para encerrar a violência e impor reformas.

O pedido de Westerwelle ocorre um dia depois de Washington ter intensificado as sanções contra Damasco e a Grã-Bretanha, Alemanha, França e Portugal terem derrubado a palavra “sanções” do esboço do texto numa tentativa de conquistar adversários no conselho. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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