Ahmadinejad propõe troca de prisioneiros com EUA

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sugeriu, em entrevista transmitida hoje pela televisão, que poderia libertar três montanhistas norte-americanos em troca de iranianos detidos em prisões dos Estados Unidos. Segundo Ahmadinejad, as conversações estão em andamento.

“Estamos dialogando para fazer a troca, se for possível”, disse, explicando que há vários iranianos detidos há anos, sem acusação formal, nos Estados Unidos. Não ficou claro a quais prisioneiros iranianos ele estava se referindo, pois não nomeou qualquer caso específico.

“Nós dissemos ‘tragam-nos (os iranianos) e levaremos essas pessoas (os montanhistas norte-americanos)’, e esperamos que todos os prisioneiros sejam libertados”, disse Ahmadinejad em entrevista que foi ao ar pela televisão estatal.

Montanhistas perdidos

Shane Bauer, Sarah Shourd e Josh Fattal estavam caminhando pela região do Curdistão, ao norte do Iraque, em julho de 2009, quando cruzaram a fronteira acidentalmente, segundo suas famílias.

O ministério de Relações Exteriores do Irã afirmou, no final de dezembro, que os três seriam julgados por um tribunal, mas não disse quando o julgamento começaria ou por que crimes eles seriam acusados, já que só foi dito que o trio tinha “objetivos suspeitos”. Anteriormente, o promotor-chefe do Irã havia dito que os norte-americanos seriam acusado por espionagem.

As famílias disseram que isso é ridículo, e, no mês passado, contrataram um advogado iraniano para cuidar do caso. Ahmadinejad disse que havia “indícios de que eles sabiam que haviam cruzado a fronteira com o Irã”.

A última vez que um estrangeiro viu os três foi no final de outubro, quando diplomatas suíços receberam permissão para uma breve visita. Os Estados Unidos não têm relações diplomáticas com o Irã e é representado, em tais casos, pelos suíços. Na época, os diplomatas disseram que os três estavam em boas condições de saúde.

O porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, disse na semana passada que a recusa do Irã em permitir que diplomatas suíços visitem os montanhistas na prisão Evin, em Teerã, desde o final de outubro, é “ultrajante” e uma violação a acordos internacionais.

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