A população dos exóticos gorilas de montanha africanos, espécie que se acreditava condenada irremediavelmente à extinção, aumentou surpreendentemente 17% nos últimos 14 anos, segundo um estudo publicado no último 19 de janeiro por uma organização ambientalista de Uganda.
Na área estudada, o quase impenetrável ecossistema dos montes Virunga, na região fronteiriça entre Quênia, Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo, existiam, em 1994, 324 gorilas, número que atualmente aumentou para 380.
Além disso, em outro parque protegido, a selva de Bwindi, em Uganda, a quantidade desses animais aumentou de 257 em 1994 para 315 hoje.
Uma das especialistas que trabalharam no censo, Barbra Musoke, porta-voz da Organização Ugandense para a Defesa das Espécies Selvagens, relatou à ANSA que sua equipe organizou uma festa no Natal, quando nasceu o filhote mais recente, tal a alegria dos pesquisadores com o aumento populacional.
O número total de gorilas é de cerca de 700, uma cifra sonhada apenas pelos mais otimistas, em especial porque as zonas onde esses animais vivem foram (e continuam sendo, em menor medida) palco de guerras sangrentas, nas quais os combatentes, violando tabus locais, se alimentavam da carne de gorila.