Afeganistão minimiza documento do WikiLeaks

O governo afegão rebateu hoje as “estúpidas” alegações contidas em documentos diplomáticos dos Estados Unidos sobre a corrupção no Afeganistão. Hamed Elmi, um porta-voz presidencial, minimizou os documentos vazados pelo site WikiLeaks como “não muito novos”. Na opinião do funcionário, os despachos diplomáticos não trazem “nada substantivo que afete negativamente nossas boas relações com a comunidade internacional”.

Em um despacho, firmado pelo enviado norte-americano Karl Eikenberry, o presidente afegão, Hamid Karzai, é descrito como alguém “paranoico e fraco”, “não familiar com o básico da construção da nação” e “muito consciente” do fato de que a época em que ele recebia grandes elogios do Ocidente havia acabado. A presidência afegã se recusou a comentar as declarações.

É afirmado também, em um documento, que o ex-vice-presidente Ahmad Zia Massoud foi pego tentando entrar nos Emirados Árabes com US$ 52 milhões. Outra fonte ligada à presidência questionou a informação: “Esta é uma acusação estúpida. Você pode acreditar que alguém pegaria US$ 52 milhões e transferiria isso para outro país? Você pode crer que isso é possível?”

Washington já tornou público seu desapontamento com a corrupção no Afeganistão, onde o país mantém 140 mil tropas, enfrentando uma insurgência de nove anos, desde a queda do Taleban em 2001. Elmi disse que Cabul aumentou seus esforços para combater a corrupção e disse que os vazamentos são “de anos atrás”. As informações são da Dow Jones.

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