Mulher morre soterrada por conta da chuva no Rio de Janeiro

A dona de casa Marlene de Lourdes Coelho Vieira, de 55 anos, morreu soterrada ontem (16), após deslizamento de terra em Petrópolis na região serrana do Rio. De acordo com a Defesa Civil, ela é a 28ª vítima das chuvas desde o início do ano no Estado, que tem 7 9 mil desabrigados e 12,3 mil desalojados. Em Minas, um casal de aposentados morreu soterrado por barranco que desmoronou com temporal.

A casa de Marlene foi atingida no início da madrugada. Um barranco, nos fundos da casa, cedeu por causa da chuva, invadiu o quintal e chegou até o quarto. Ela estava deitada na cama e ficou soterrada por 15 minutos. O marido sobreviveu porque tinha ouvido um barulho do lado de fora e levantou-se para conferir. Houve deslizamentos em seis bairros de Petrópolis e outros municípios da região foram atingidos. Em Teresópolis, ocorreram dois deslizamentos. Estradas da região ficaram com o acesso dificultado pela queda de barreiras. A RJ-148, que liga Nova Friburgo a Sumidouro, está interditada.

A Secretaria Nacional de Defesa Civil aguardava ontem a chegada avaliação dos danos causados pelas chuvas para que a Caixa Econômica Federal libere os R$ 25 milhões prometidos pelo governo federal. Vinte e sete municípios decretaram situação de emergência.

Lama

O presidente da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio (Cedae), Wagner Victer, informou que a Justiça determinou ontem que a mineradora Rio Pomba Cataguases, de onde vazaram 2 bilhões de litros de lama atingindo cinco municípios fluminenses, inicie as obras de reforço e contenção de barragens em até cinco dias sob pena de multa diária de R$ 50 mil. "É o primeiro passo no sentido de se punir os responsáveis por essa catástrofe", disse ele.

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