MST diz que ocupações não significam fim do diálogo com governo

O coordenador nacional do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Terra, Gilmar Mauro, deixou há pouco o Palácio do Planalto garantindo que o MST vai manter a organização dos pequenos agricultores e que novas invasões podem, eventualmente ocorrer. “Nós vamos continuar organizando os trabalhadores porque entendemos que a reforma agrária depende da ação organizada dos trabalhadores e do governo”, afirmou. Gilmar explicou, no entanto, que a ocorrência de novas invasões não significa o fim do diálogo com o governo. Para ele, trata-se do instrumento mais forte de pressão que dispõem para fazerem com que os governos discutam a reforma agrária no Brasil. “O MST quer colaborar com o governo dentro de uma perspectiva de diálogo e ação”, disse.

Questionado sobre a posição do MST em relação à Medida Provisória que impede a desapropriação de terras ocupadas irregularmente, Gilmar Mauro manteve as críticas ao texto, mas garantiu que ele não foi tema da reunião de hoje. “Vamos continuar expondo nossa posição. Se existe uma MP que proíbe a desapropriação de terras ocupadas, deveria ter também uma outra MP ou se fazer cumprir a Constituição que diz que toda terra que não cumpre sua função social deve ser desapropriada”, observou.

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