Missão em Assunção aproximou empresas do Paraná e Paraguai

Depois de 165 rodadas de negócios com 50 empresas do Paraguai, a missão comercial realizada pelo governo do Estado em Assunção retorna ao Paraná com novas parcerias. Os 20 empresários paranaenses que participaram dos encontros voltam otimistas com futuros contratos e a Secretaria da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul com a convicção de que as relações bilateriais melhoraram.

Ao final de três dias de acordos e parcerias e entusiasmado com a iniciativa paranaense, o prefeito de Assunção, Enrique Riera, afirmou que pretende criar uma Secretaria de Comércio Exterior na capital paraguaia. ?Se já fomos uma sociedade enclausurada, hoje queremos abrir novos mercados, a exemplo do que faz o Paraná?, afirmou.

Pelo lado paranaense, o secretário da Indústria, do Comercio e Assuntos do Mercosul, Virgilio Moreira Filho, anunciou que o Estado deverá receber em setembro uma missão do Paraguai. ?Este é um intercâmbio que certamente não termina aqui?, ressaltou.

Para o coordenador de Assuntos Internacionais e do Mercosul, Santiago Gallo, o Paraguai mostrou ?maturidade? sobre a nova imagem que o país espera passar dentro do Mercosul. ?Está ocorrendo uma luta corajosa contra o mercado informal, sobretudo com uma consciência que este é o caminho para a sustentabilidade?.

Empresários

Nas rodadas de negócios, novos parceiros surgiram em diversos setores. Um exemplo: de um lado, Rommel Barion, diretor de uma empresa de alimentos de Colombo. Seu currículo de exportação inclui países como Estados Unidos, República Dominicana, Honduras, Chile e Venezuela, chegando a destinos africanos como Angola e África do Sul até encontrar compradores no Japão, Israel e Palestina.

Do outro lado, Daniel Cabrera, gerente de comercialização e marketing da empresa paraguaia Shirosawa, gigante na fabricação de doces e salgadinhos em seu país. Surpreso, Cabrera destacou a qualidade do produto paranaense. ?Encontrei qualidade e apresentação de primeiro mundo. Acredito na possibilidade de fechamento imediato de negócios iniciais US$ 500 mil ao mês em exportações ao Paraná?, calculou.

Atualmente, 8% do faturamento da Barion vem do comércio exterior. ?Espero que até 2007, 27% da minha produção seja direcionada para o mercado internacional?, analisou o dono da empresa, que ainda destacou: ?Quero um distribuidor direto para o Paraguai, onde meus produtos saiam da fábrica e sejam descarregados diretamente para os distribuidores?, afirmou.

Confecção

Vindo de Chopinzinho, Gervásio Elias Scolaro – da empresa de lingerie, cama, mesa e banho Tanit – já exporta para o mercado paraguaio e buscou aumentar sua participação. ?Criei para o país com exclusividade uma chamada linha enconômica, onde agregamos valor aos produtos básicos e tentamos buscar preços mais competitivos?, relatou.

Com uma coleção criada para exportação, Sérgio Cavalieri, da Ponto Design de Curitiba, é participante assíduo das missões realizadas pelo Paraná. ?Na última, ao Uruguai, fechei vendas de US$ 15 mil. O governo gera credibilidade e faz a empresa ser projetada lá fora?, comentou. ?A escolha do Mercosul adotada pelo governo é outra grande iniciativa e vejo negócios cada vez maiores?.

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