Missão do FMI encerra visita ao país

Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) encerram nesta quinta-feira (3) a visita à Esplanada dos Ministérios em busca de informações sobre o cumprimentos das metas do acordo que a instituição tem com o governo brasileiro. Pela manhã, a missão esteve no Banco Central e no ministério de Minas e Energia. Às 14h30, a equipe chefiada pelo economista Charles Collins, reúne-se com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci; às 16 horas, o encontro é com o responsável pela pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan e, em seguida, com o interino do Planejamento, Nelson Machado.

Amanhã, a missão passa o dia na sede do FMI analisando os números da economia brasileira e no final do dia deixa Brasília. Nem o ministério da Fazenda nem o FMI informaram se o destino é o Rio de Janeiro – para onde normalmente a equipe segue quando deixa Brasília – ou Washington.

A missão está no Brasil desde o dia 26, para a décima e última avaliação do acordo de US$ 30 bilhões, assinado em setembro de 2002 e renovado em dezembro de 2003.

Caso esta avaliação seja aprovada, o país poderá sacar aproximadamente US$ 1,4 bilhão. A tendência é que a aprovação ? que só vai ser anunciada durante a reunião da diretoria do fundo ?seja dada, uma vez que as principais metas foram cumpridas. O superávit primário, por exemplo, previsto no acordo para encerrar o ano em R$ 71 bilhões, fechou em R$ 81,1 bilhões.

Outra tendência é que o governo não utilize o montante a que tem direito. Ainda quando anunciou a renovação do acordo, em setembro de 2003, o ministro Palocci disse que o governo só usaria os recursos caso o país passasse por alguma crise econômica. Desde então, todas as revisões feitas ao longo do ano passado aprovaram o desempenho brasileiro, mas o Brasil não utilizou o dinheiro liberado. O ministro Palocci tem afirmado, no entanto, que a decisão sobre um novo empréstimo só será tomada em março, quando encerra o contrato.

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