Ministro da Fazenda já admite 4% para meta de inflação em 2009

Depois de dar como certa a manutenção da meta de inflação em 4 5% para 2009, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dá sinais de que pode não fazer uma oposição ferrenha a uma redução para 4% na meta a ser definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho. Apesar da preferência pela continuidade da meta de 4,5%, Mantega ?não fará um cavalo de batalha? em torno do assunto e poderá aceitar a mudança que é defendida dentro do governo pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, disse à Agência Estado uma fonte do ministério.

Uma concordância da Fazenda em reduzir a meta faz parte do contexto de armistício com o BC. A nova estratégia de ?bandeira branca? estaria ancorada em acordo pelo qual o BC retomaria cortes de 0,5 ponto na Selic (já sinalizado na decisão de anteontem do Copom), em troca do fim do fogo amigo. O entendimento entre Fazenda e BC, segundo fontes, incluiria uma redução da meta para 2009. A sinalização de uma meta menor seria fundamental, na visão do BC, para manter as expectativas de inflação no longo prazo coordenadas em uma trajetória de queda. Essa aceleração nos cortes da Selic, a partir de agora, permitiriam ao BC, mais à frente, e já trabalhando com meta menor, ter justificativa para, se necessário, adotar postura mais conservadora.

A discussão em torno da meta ainda está no começo, embora o ministro Mantega, por meio de sua assessoria de imprensa, tenha dito que a discussão ? não começou e que não autoriza especulações sobre o assunto?. Ao contrário do ano passado, quando havia claramente postura da Fazenda pró manutenção da meta em 4,5%, desta vez percebe-se maior flexibilidade. Fontes do ministério evitaram marcar posição radicalmente contra o corte para 4%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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