Brasília – O Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou hoje R$ 791,7 milhões para a pesquisa. A verba vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e será aplicada em pesquisas de várias áreas. Entre elas, ciências sociais. "Esta é uma área importante. Temos de estudar, por exemplo, a violência urbana ou temas afins", disse hoje o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
O financiamento deverá ser feito ao longo de dois anos, o prazo determinado para as pesquisas. A gestão dos projetos vai ser dividida entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Parte dos recursos será usada em ações chamadas transversais, pois abrangem mais de uma área de conhecimento.
São várias as linhas de pesquisa e investimento dos 47 editais. Um deles é para a criação das redes estaduais de meteorologia, no valor de R$ 6,8 milhões, uma área considerada estratégica pelo ministro Sérgio Rezende. Outro reserva R$ 8 milhões para pesquisas em Saneamento Básico.
Desenvolvimento
"Nos últimos anos conseguimos melhorar muito os índices de produção científica no País. Mas queremos mais. A pesquisa precisa também gerar riqueza e desenvolvimento" afirmou. O ministro considera indispensável, por exemplo, o incentivo para que a iniciativa privada aumente sua participação na produção do conhecimento científico. Hoje a participação é muito pouco significativa.
Uma das formas de reverter o quadro, afirma Rezende, é a subvenção para empresas com inovação tecnológica. O Ministério da Ciência e Tecnologia requisitou R$ 200 milhões para destinar às subvenções. Mas até agora, não há certeza de que tal recurso será aprovado integralmente. Rezende está otimista: "Há uma recomendação do presidente da República. Certamente os recursos serão alocados."
Assim como outros ministros, Rezende disse estar preocupado com a demora na aprovação do Orçamento de 2006. Parte dos editais do ministério depende desta definição para ser levados adiante. Como se trata de um ano eleitoral, todos os contratos têm de ser definidos até 90 dias antes das eleições.