Ministro afirma que referendo dará oportunidade de brasileiros se manifestarem

Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, a realização do referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição no país é importante porque dará a oportunidade de os brasileiros se manifestarem sobre o tema.

"Os países de democracia mais avançada do mundo fazem referendo sobre questões fundamentais como essa", observou disse Dulci, em entrevista coletiva transmitida pelas emissoras de rádio da Radiobrás (Rádio Nacional AM de Brasília, Rádio Nacional AM do Rio de Janeiro e Rádio Nacional da Amazônia OC).

O ministro disse que, ao expressar o que pensa sobre a proibição do comércio de armas, o cidadão se sentirá "co-responsável pela decisão que será tomada".

Luiz Dulci afirmou que a consulta popular, no dia 23 de outubro, vai permitir que cada brasileiro decida pelo sim ou pelo não, de acordo com a sua consciência. "O governo federal não pode interferir no referendo", pontuou. Ele destacou que as iniciativas do governo na área relacionam-se à campanha do desarmamento, "que está criando uma cultura de paz no Brasil".

Segundo Dulci, a expectativa era recolher, até o final do ano, 100 mil armas, mas já foram recolhidas mais de 400 mil, o "que mostra que a população brasileira sabe o que isso significa". Ele explicou que o objetivo da campanha não é combater o crime organizado.

"Uma coisa é combater o risco de violência ocasional do cidadão comum que pode cair na tentação de ferir o outro com uma arma, isso se combate com educação, com campanhas de desarmamento, com a cultura de paz. Outra forma é combater o crime organizado de maneira implacável", observou.

As armas entregues pela população à Polícia Federal e ao Exército são destruídas, lembrou o ministro. "Alguns adversários da campanha do desarmamento dizem que as armas recolhidas, que vêm do cidadão comum, estariam indo para as mãos dos bandidos. Absolutamente. Todas as armas recolhidas são destruídas ou serão utilizadas pela própria polícia na repressão ao crime, mas a orientação é destruir as armas", afirmou.

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