Ministra diz que Paraná pode começar já a rotular produtos transgênicos

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta terça-feira (14), em Curitiba que os locais que possuem estrutura para segregação e identificação dos transgênicos, como é o caso do Paraná, a rotulagem das cargas com a expressão ?contém? organismos vivos modificados pode começar já.

"A identificação começa a partir de agora para todos aqueles que já têm a possibilidade de fazer a segregação, como é o caso do Paraná. A fase de transição para aqueles que ainda não têm capacidade para implantar o processo é cumulativa e processual?, explicou.

A ministra que participou ao lado do governador Roberto Requião da abertura do Fórum Global da Sociedade Civil, evento paralelo à MOP3, disse que a decisão do governo brasileiro de exigir a identificação ?contém? transgênicos nas cargas ?significa uma vitória não apenas para o Paraná e o Brasil, mas para o mundo?. Para o governador, a posição do governo garante para Paranaguá a condição de porto livre de transgênicos, fato que deverá ser aceito pelos ministérios resistentes à idéia e que acabam deixando Paranaguá fora do orçamento.

O governador reconheceu que a posição do governo brasileiro avançou na questão do controle da circulação dos organismos vivos geneticamente modificados (OVMs), apesar de a proposta prever um prazo de quatro anos para a implementação definitiva da identificação. ?É uma proposta razoável?, disse.

Requião criticou a postura de outros ministérios do Governo Federal na questão dos produtos transgênicos. O Ministério dos Transportes, segundo Requião, deixou de repassar ao Paraná R$ 4 milhões para utilização em equipamentos e sistemas de segurança, que passaram a ser exigidas com a política internacional de combate ao terrorismo, o que levou alguns deputados do Paraná a pedir intervenção no porto. ?Tudo para poder exportar livremente a soja da Monsanto?, disse.

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