Ministério descarta ligação entre Newcastle do AM e RS

O Ministério da Agricultura informou hoje, por meio de nota, que o foco de Newcastle detectado em Manaus (AM) fica 3.050 quilômetros distante da propriedade onde ocorreu foco da doença no Rio Grande do Sul. "As investigações epidemiológicas realizadas permitem descartar vínculo com o episódio ocorrido no município de Vale Real, no Rio Grande do Sul", informaram os técnicos.

Segundo o ministério, o Amazonas não possui expressiva atividade avícola comercial. O interesse do estudo de vigilância nessa área se deve a sua posição geográfica estratégica nas rotas de migração.

O trânsito de aves criadas em propriedade localizada em Manaus está suspenso desde o dia 11 de julho. No dia 7, o Laboratório Nacional Agropecuário Lanagro diagnosticou que um pato criado na propriedade estava com Newcastle. Esse é o segundo caso da doença diagnosticado neste ano no País. Há algumas semanas, o Ministério da Agricultura descartou a suspeita de foco em Belém (PA). Todas as aves da propriedade infectada foram sacrificadas ontem.

O material para análise – amostras de soro, traquéia e cloaca – foram coletados no dia 21 de julho em nove patos e seis galinhas e encaminhadas à unidade do Lanagro que fica em São Paulo. No momento da coleta do material, informou o ministério, as aves não apresentavam sinais clínicos da doença, mas os testes de laboratório comprovaram o diagnóstico de Newcastle.

De acordo com o ministério, por meio de sua assessoria de imprensa, as atividades de monitoramento das rotas das aves migratórias estão previstas no Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e à doença de Newcastle. Com o monitoramento, os técnicos do ministério identificaram um caso da doença em propriedade localizada próximo ao parque industrial de Manaus (AM), segundo caso de Newcastle neste ano. O primeiro foi diagnosticado em Vale Real (RS).

Nos meses de maio e junho, o Ministério da Agricultura, com apoio da Comissão Executiva de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado do Amazonas (Codesav), visitou todas as propriedades localizadas em um raio de 10 quilômetros em volta do sítio de aves migratórias localizadas próximo à área urbana e ao pólo industrial de Manaus. Em nota técnica, o Departamento de Saúde Animal informou que os trabalhos de vigilância estão sendo realizados pelo serviço oficial e, até o momento, não há outras suspeitas de presença de sinais clínicos compatíveis com a doença de Newcastle nas propriedades sob vigilância.

Voltar ao topo