Mick Jagger faz passeio de madrugada no Rio

 último dia do Rolling Stone Mick Jagger no Rio terminou agitado, com um giro pela cidade madrugada adentro. Ao contrário dos outros três integrantes da banda, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood, que deixaram o País no domingo à tarde, em direção a Buenos Aires, Jagger preferiu permanecer no Rio. Passou o dia no Hotel Copacabana, de onde saiu apenas à meia-noite, para um passeio de quase duas horas pela cidade, rumo a três destinos, no centro e Zona Sul da cidade, num automóvel Mercedes-Benz, acompanhado do dono da Osklen, Oskar Metsavaht, e de um comboio formado por outros três carros também blindados da marca alemã, uma van da Chrysler e outra da General Motors, onde se dividiam 18 seguranças particulares.

Vestindo calça jeans e uma camisa azul por fora da calça, Jagger tentou conhecer um pouco do samba. Chegou vinte minutos depois da meia-noite no viaduto que dá acesso ao Sambódromo. O ensaio da Beija-Flor já havia terminado e o roqueiro caminhou uns cinco minutos, em direção ao Terreiro do Samba, viu um pouco de batucada e voltou, em menos de dez minutos, ao carro, para fugir do assédio da imprensa.

Na curta caminhada, acenou para as pessoas, que demoraram a reconhecê-lo. De lá, o comboio partiu para a boate 00, na Gávea. O músico ficou meia hora na boate, onde sentou-se numa mesa com catorze pessoas, entre amigos brasileiros e estrangeiros. Conversou um pouco. Bebeu apenas água. Deixou a boate da Gávea à 1h25 e dez minutos depois já estava entrando na boate Baronetti, no bairro vizinho de Ipanema. Por onde passava, o comboio perseguido pelos veículos da imprensa chamava a atenção.

A presença do astro gerou comoção entre os jovens que estavam junto à boate. A chegada de Jagger e dos cinco automóveis chamou a atenção dos fãs e gerou uma muvuca no lugar. Ele entrou na boate à 1h35, mas deixou o local quatro minutos depois. O roqueiro chegou ao lugar com sorrisos no rosto, aparentando bom humor, mas a fisionomia mudou na saída.

Imprensado na calçada pela aglomeração de pessoas, chegou a gritar duas vezes "Watch out, watch out", pedindo que seguranças e fãs tomassem cuidado.

Os seguranças reforçaram o cordão de isolamento e não pouparam força física para afastar as pessoas. Perto do astro, a jovem Ayla Gresta, 19 anos, gritava, quase ao mesmo tempo, "Maravilha, maravilha". Pouco antes das duas horas da madrugada, Jagger já estava de volta ao hotel.

Oskar Metsavaht contou que o astro tinha ido dormir. O empresário jantou com o roqueiro e um grupo de amigos antes de saírem para o passeio relâmpago. Contou que Jagger adorou o show da véspera, por causa da vibração do público brasileiro, e disse que foi diferente de qualquer outro da vida dele. Comentou, ainda, que faria um show desses de graça de novo.

Segundo o empresário, Jagger não foi embora porque gosta muito do Rio e foi ao Sambódromo porque queria prestigiar o Carnaval. O roqueiro confidenciou que tem vontade de conhecer Fernando de Noronha.

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