Mesatenista Lígia Silva otimista e em busca da sorte

Por pouco o Brasil não perde um talento do tênis de mesa para a natação. Lígia Silva, a primeira do ranking nacional desde 1999, disputará seu terceiro Pan no Rio. Quando tinha 11 anos e morava em Manaus, a garota procurou um centro esportivo para crianças carentes.

?Queria fazer natação, mas o professor faltou naquele dia e fui para o tênis de mesa?, conta a atleta, bronze por equipe em Winnipeg/99.

De Manaus, Lígia foi direto para Santos. ?Queria ter ido antes, mas minha mãe não deixou eu vir sozinha. Só consegui vir em 98 e me considero bastante corajosa?, diz.

A mesa-tenista se mostra um bloco de gelo quando fala sobre jogar o Pan em casa. ?Expectativas? Todas. Temos de estar sempre com pensamento positivo. Será meu terceiro Pan e estou tranqüila?, afirma.

Lígia foi a primeira brasileira a disputar o torneio individual em Jogos Olímpicos, em Sydney/2000. ?Tudo é treinamento. Todas as atletas que estarão no Pan têm condições de brigar por medalhas.

Em Santo Domingo/2003, Lígia chegou até as oitavas-de-final no torneio de simples, quando foi eliminada pela canadense Petra Cada. Nas duplas, ao lado de Mariany Nonaka, não passou da primeira fase.

?O problema que tivemos lá será o mesmo que teremos no Rio: as chinesas naturalizadas, principalmente pela República Dominicana Canadá e Estados Unidos?, aponta.

De qualquer forma, a atleta acredita que para vencer na modalidade é preciso sorte. ?Tudo depende do sorteio das chaves. Vai que várias chinesas caiam na mesma chave e tenham de se enfrentar? Todos precisamos de sorte. Quatro anos se passaram e acho que já conhecemos melhor umas às outras.

Junto com a equipe brasileira, Lígia viaja em abril para a Croácia, onde disputará o Mundial.

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