As equipes que trabalham na limpeza das praias paranaenses, poluídas após o vazamento de óleo em razão da explosão do navio Vicuña, de bandeira chilena, no dia 15, encontraram morto hoje um mero com 70 quilos e 1,67 metro de comprimento. O peixe, ameaçado de extinção, pode chegar a 400 quilos. Ele foi levado da Ilha Rasa, próximo a Guaraqueçaba, ao Hospital da Fauna, em Paranaguá, local montado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e entidades ligadas ao meio ambiente para recuperação de animais.
O animal será necropsiado para identificar se sua morte foi em decorrência do vazamento de óleo do navio. De acordo com a organização não-governamental (ong) Ecoplan, 59 animais foram recolhidos ao hospital, mas apenas 9 deles permanecem vivos. Entre os animais, há um gato mourisco, espécie de felino sul-americano igualmente ameaçado de extinção. Ele estava nadando ontem entre a Ilha Rasa e a Ilha da Cotinga.
Apreensão
Na noite de ontem, a Polícia Florestal apreendeu 40 dúzias de caranguejos e 25 dúzias de ostras na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba. O pescado foi apreendido em razão da Instrução Normativa do Ibama e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que proíbe pesca e captura de caranguejo e ostra em diversas partes do litoral. Os primos Jessé de Oliveira Pinto, 20 anos, e Nizoel Pinto, de 37, foram presos e levados à Polícia Federal. Na tarde de hoje eles já tinham sido liberados, mas continuarão respondendo a processo.