Mercado reduz taxa de câmbio para R$ 2,20 no fim do ano

As apostas do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2007 caíram de R$ 2,25 para R$ 2,20, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada hoje pelo Banco Central (BC). A queda pôs fim a uma seqüência de sete semanas seguidas de estabilidade destas previsões em R$ 2,25. As estimativas de taxa média de câmbio para este ano, por sua vez, continuaram estáveis em R$ 2,20 pela terceira semana consecutiva. Para o final deste mês, as estimativas de câmbio não se alteraram e prosseguiram em R$ 2 15.

Já as apostas dos especialistas de 100 instituições financeiras consultadas pelo BC para o superávit comercial no final do ano subiram de US$ 38 bilhões para US$ 38,60 bilhões. Apesar da alta as previsões de superávit em conta corrente para 2007 recuaram de US$ 6,60 bilhões para US$ 6,40 bilhões. Para 2006, as estimativas de superávit em conta corrente avançaram de US$ 13 bilhões para US$ 13,50 bilhões.

Entretanto, os economistas entrevistados não alteraram suas projeções para a taxa básica de juros (a Selic), para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para a produção industrial e para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2007.

Estabilidade

As previsões do mercado financeiro para a Selic neste mês ficaram estáveis em 13% ao ano. O porcentual estimado embute uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortará o juro em apenas 0,25 ponto porcentual na reunião dos dias 23 e 24. As estimativas de juros para o fim do ano também não se alteraram e prosseguiram em 11,75% ao ano pela segunda semana consecutiva.

De acordo com a pesquisa, as projeções para o IGP-DI em 2006 caíram de 3,89% para 3,88%, mas para este ano mantiveram-se inalteradas em 4,30%. As estimativas de alta do IGP-M em 2007 também ficaram estáveis em 4,29%. Já as apostas para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) neste ano caíram de 3,99% para 3,97%. As estimativas para a meta oficial de inflação utilizada pelo governo – IPCA – de 2007 e 2006 foram mantidas em 4% e 3,11%, respectivamente.

A Focus aponta, ainda, que as projeções dos economistas para o crescimento da economia brasileira este ano não foram alteradas e permaneceram em 3,50% pela 19º semana seguida. As estimativas de crescimento da produção industrial em 2007 também prosseguiram estáveis em 4%.

Para o PIB de 2006, as previsões do mercado financeiro caíram de ligeiramente de expansão de 2,74% para 2,73%. As estimativas de expansão da produção industrial em 2006, por sua vez, aumentaram de 3,08% para 3,09%.

A pesquisa indica estabilidade nas projeções para a dívida líquida do setor público em 2006, de 50% do PIB. Para este ano, as apostas de mercado para a dívida líquida continuaram em 49% do PIB pela quinta semana consecutiva.

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