Média diária de exportações cresce 19,8%

Brasília – Passada a celebração das cifras recordes no comércio exterior brasileiro no ano passado – o saldo positivo de US$ 44,764 bilhões e as exportações de US$ 118,309 bilhões -, a balança comercial estreou em 2006 com o registro do superávit de US$ 745 milhões na primeira semana de janeiro. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações do período somaram US$ 2,124 bilhões, e as importações totalizaram US$ 1,379 bilhão. Os números ainda estão muito longe de garantir o cumprimento do objetivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) de fechar o ano com um volume de US$ 132 bilhões em exportações.

Mas há alguns sinais positivos na primeira semana de um mês que, tradicionalmente, disputa com fevereiro o título de mais fraco do ano em comércio exterior. O primeiro sinal foi a elevação do movimento nos portos e aduanas, em relação a janeiro do ano passado. A média diária de exportações foi de US$ 424,8 milhões na semana, cifra 19,8% maior que a de janeiro de 2005. A de importações alcançou US$ 275,8 milhões, o que representou um aumento de 10,1%.

A taxa mais alta de crescimento dos embarques do que dos desembarques reflete o mesmo comportamento do comércio de bens do Brasil com o exterior nos últimos dois anos. Deve-se a variáveis como o baixo crescimento da economia do País, o nível modesto de investimentos no País e a valorização cambial.

Petróleo

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram ainda que, pelo menos na primeira semana, houve superávit para o Brasil nas trocas de petróleo e derivados. Esse setor liderou a lista de embarques brasileiros, com média diária de US$ 57,911 milhões – valor 148,7% maior que o verificado em janeiro de 2005. A média diária de importação alcançou US$ 44 590 milhões, o que indica um saldo positivo médio de US$ 13,321 milhões ao dia.

A Secex constatou que houve expansão de 53,4% nas exportações de produtos básicos, em relação a janeiro de 2005, por conta do desempenho do setor de soja, cujas vendas cresceram 55,1%. As vendas externas de semimanufaturados aumentaram 9,5%, e as de manufaturados, 9,0%, impulsionadas por segmentos como materiais de transportes (+4,7%), produtos metalúrgicos (+5,4%) e químicos (+90,5%).

Os equipamentos mecânicos encabeçaram a lista de importações no período, com média diária de compras de US$ 47,209 milhões. Essa cifra correspondeu a um aumento de 22,2%, em relação à média diária de janeiro do ano passado. Igualmente foram constatadas as expansões nas compras externas de equipamentos eletroeletrônicos (+9,2%), de produtos químicos (+2,6%), de automóveis (+2,2%), de produtos farmacêuticos (+48,9%), siderúrgicos (+26,1%), alumínio (+65,9%) e de bebidas e álcool (+46,8%). Mas foram verificadas quedas em itens como adubos e fertilizantes (-24,0%), aeronaves e peças (-33,6%), cobre (-16 3%), fibras sintéticas (-14,3%) e algodão (-14,2%).

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