Quinze projetos de capacitação de educadores foram selecionados pelo Programa Educação para a Diversidade e Cidadania, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Por meio deles, o Ministério da Educação (MEC) apoiará financeiramente ações de combate à discriminação de homossexuais nas escolas.
Ao todo, serão repassados R$ 562 mil para capacitar mil profissionais da educação de todos os níveis de ensino do país. O gestor responsável pela implementação do programa Brasil sem Homofobia do MEC, Rogério Diniz Junqueira, espera obter mais subsídios para formular políticas públicas com potencial de inclusão e espaços estratégicos na luta contra a homofobia.
"A sexualidade e a orientação sexual não pode ser tratada como risco ou com ameaças. As escolas precisam ser tornar ambientes livres de opressão homofóbicas para assim terem espaços efetivamente seguros para todas as pessoas", afirma Junqueira.
Entre os trabalhos selecionados para o financiamento do MEC está o do Instituto Papai, uma organização não-governamental de Recife que trabalha com diversidade de gênero. A entidade desenvolveu o projeto Adversidade é Legal: ações estruturais e de enfrentamento da homofobia entre Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis nas escolas do Recife.
A coordenadora do Instituto, Maristela Morais, disse que o projeto vai atender 60 profissionais da comunidade escolar. "O público transexual tem sofrido todos os tipos de violência dentro e fora das escolas. É necessário um preparo dentro da escola para aceitar e entender como é a vida desses jovens para saber o porque da opção e com isso respeitar a escolha que ele fez", afirma.