Maringá entre as cinco cidades premiadas por estímulo ao aleitamento materno

Jilciléia Vieira tem 31 anos e quatro filhos. Desde a segunda gravidez, quando nasceu Vitor, hoje com 9 anos, ela adotou o aleitamento materno como fonte de alimentação das crianças. A terceira gravidez até deu mais trabalho, porque eram as gêmeas Milena e Nicole, de cinco anos, mas mesmo assim, ela não desistiu.

Hoje, Jilciléia se tornou uma espécie de mãe modelo do município de Piraí, norte do estado do Rio de Janeiro, onde trabalha no Programa Saúde da Família e passa a experiência para muitas gestantes. "Algumas, sem qualquer vivência como mães, têm um amontoado de perguntas e dúvidas. Como a gente já tem essa orientação, o que a gente aprende a gente passa. E o que elas sabem, contam também. É uma troca", disse.

Piraí é uma das cinco cidades que receberam hoje (2) o prêmio Bibi Vogel, criado no ano passado pelo Ministério da Saúde para incentivar os municípios que trabalham com aleitamento materno. O prêmio, uma homenagem à atriz e cantora que em 1980 criou o Grupo Mães Amigas do Peito, foi entregue pelo ministro Saraiva Felipe durante uma cerimônia na 2ª Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, que se realiza no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro.

Além de Piraí, escolhida na região Sudeste, foram premiados as cidades de Itabuna (BA), Brasília (DF), Araguaína (TO), e Maringá (PR). Cada uma recebeu R$ 50 mil. Elas foram escolhidas entre as 79 cidades de 19 estados que se inscreveram na primeira etapa do prêmio.

Logo após a entrega, o ministro deu uma boa notícia para as mães e ali mesmo assinou a portaria que autoriza o pagamento dos custos de um acompanhante nos partos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS). "Há 20 anos essa portaria vem sendo pedida. A presença de um acompanhante dá tranqüilidade e até facilita o pós-parto. É algo provado internacionalmente, que ajuda muito, inclusive para nós termos um maior número de partos normais em relação às cesarianas que são realizadas hoje", afirmou.

Segundo o ministro, a medida estará em vigor no início de janeiro de 2006.

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