Mantega vê chance de juro real de 5% no próximo governo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que, no caso do cumprimento do segundo mandato pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa de juros real do País poderá ser reduzida a 5% ao ano. Para Mantega, a projeção é perfeitamente realista, dada a condição de solidez da economia brasileira e a projeção para o crescimento econômico do Brasil ao longo dos próximos, que, segundo ele, pode superar também 5% ao ano

"Ao longo do próximo do mandato, é possível que a taxa de juros real chegue a 5%, tendo em vista as condições favoráveis da economia", disse Mantega, em palestra no CEO Fórum 2006, promovido pela Câmara Americana de Comércio, em São Paulo. A taxa básica nominal de juros hoje é de 14,75% ao ano; considerando os efeitos da inflação, a taxa real fica em torno de 10% ao ano

De acordo com Mantega, a taxa real de 5% ao ano nada mais é que a taxa de juros básica dos Estados Unidos acrescida do risco país brasileiro, que, para ele, deve situar-se em torno de 200 pontos-base (ou 2 pontos porcentuais)

Para o ministro da Fazenda, as condições para um crescimento sustentado a taxas superiores a 5% estão criadas e podem ser aproveitadas quem quer que seja o próximo presidente da nação. "Quem quer que seja o novo presidente, ele encontrará as condições favoráveis para crescer mais de 5% ao ano", afirmou Mantega, ressaltando que isso coloca o Brasil "no clube dos países emergentes com economias dinâmicas"

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