Máfia do jogo: delegados e capitão da PM são afastados do cargo

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, afastou de suas funções, nesta quinta-feira (03), quatro delegados da Polícia Civil e um capitão da Polícia Militar, além do ex-delegado de Foz, José Roberto Jordão, que teriam ligações com a máfia do jogo de Foz do Iguaçu. Além disso, o secretário determinou a transferência de 28 policiais civis e militares que trabalham ou trabalharam na região e também teriam envolvimento no recebimento de propina para permitir a exploração ilegal de jogos de azar em Foz.

?Já determinei a criação de uma força-tarefa na Corregedoria da Polícia Civil para que dê andamento rápido aos procedimentos criminais e cíveis contra estes delegados. Quero demiti-los o mais rápido possível. Não vamos permitir de maneira alguma desvio de função, principalmente, que eles montem organizações criminosas dentro das nossas polícias?, disse Delazari.

Os delegados afastados, além de Jordão, são Germano do Nascimento Filho, que comandou a Operação Verão na Costa Oeste na última temporada e que atualmente dirigia a Assessoria de Relações com a Comunidade da Polícia Civil, Luiz Carlos de Oliveira, que também comandou a Operação Verão no litoral e estava lotado na Delegacia de Proteção ao Patrimônio Público, Cláudio Teruo Kikuchi, que prestava serviços na delegacia de Santa Terezinha do Itaipu, e Walter Vicente de Oliveira, lotado no 1.º Distrito Policial de Foz do Iguaçu. O capitão Sérgio Luiz de Souza Satto, que já trabalhou em Foz do Iguaçu e atualmente estava no 9.º Batalhão da Polícia Militar, no litoral, também foi afastado.

?Temos provas cabais de que todos eles estavam envolvidos com a máfia da exploração de jogos de azar em Foz. Eles e o capitão da Polícia Militar estão sendo afastados de suas funções definitivamente?, disse o secretário. Os outros 28 policiais civis e militares que serão transferidos para outras cidades não terão seus nomes divulgados até que seja provado o envolvimento de todos no recebimento de propina dos comerciantes de Foz.

?A população da cidade deve ficar tranqüila porque não deixaremos a cidade descoberta. Pelo contrário, estamos fazendo as prisões de policiais e as transferências para melhorar a qualidade da segurança. Além disso, estou monitorando pessoalmente os trabalhos das polícias em Foz, já designei o novo delegado-chefe da cidade e vamos enviar cerca de 200 policiais para reforçar o efetivo local?, informou Delazari.

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