Lula rejeita partilha política na gestão dos portos

Ao dar posse ao ministro Pedro Brito na Secretaria de Portos, pasta criada para acomodar o PSB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma gestão no setor sem partilhas políticas. ?O que eu quero no porto é gestão para resolver um problema crônico?, afirmou, sob aplausos de líderes socialistas que reclamavam maior participação na máquina do governo. Há tempos o PSB brigava por um segundo cargo com status de ministro – o partido conta também com Sérgio Resende na Ciência e Tecnologia.

Lula ressaltou a ?confiança? que disse ter em Pedro Brito, que ocupou, no primeiro mandato, o Ministério da Integração Nacional. ?O porto não pode ser uma partilha de partidos ou de pessoas que não têm competência profissional?, afirmou. Lula disse que os portos são ?gargalos? que precisam ser resolvidos pelo governo. ?Não foi possível resolvê-los no primeiro mandato, vamos resolvê-los no segundo?, salientou. Lula ressaltou que, se for preciso, o governo contratará até empresas do exterior para fazer obras de melhorias nos portos, como a dragagem dos acessos.

No discurso, Lula sugeriu que o PSB terá autonomia para fazer a demissão de quem ocupa cargos comissionados na área portuária. O partido reclamava que a nova pasta teria pouca influência, um número pequeno de cargos e estrutura insignificante. Por fim, o presidente pediu a Brito a apresentação de um plano de recuperação dos portos ?num curto espaço de tempo?. Em entrevista, o ministro Pedro Brito disse que a pasta vai trabalhar com um orçamento anual de R$ 700 milhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê investimento de R$ 2,7 bilhões na melhoria da infra-estrutura dos portos.

Voltar ao topo