Lula recebe apoio de Crivella e Sérgio Cabral

Ao lado da bancada do Senado do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu votos, no segundo turno, aos moradores do Estado, para que o governo estadual e federal trabalhem juntos. "Na hora de decidir a final do campeonato temos de ser brasileiros e apontar para o povo quem é o melhor", disse Lula, ao receber apoio de políticos do Rio à sua candidatura para a disputa em segundo turno.

"Às vezes o nosso projeto não vence, e aí temos de nos aliar com quem está mais próximo das nossas idéias", disse Lula, referindo-se ao fato de ter apoiado o senador Marcelo Crivella (PRB) para o governo do Rio de Janeiro, e agora estar apoiando Sérgio Cabral, do PMDB, no segundo turno. Lula ironizou o fato de Garotinho apoiar Alckmin, afirmando que não julga acordo de outros partidos. "Eu não posso dar palpite no acordo dos outros" disse ele, no saguão da entrada do Palácio da Alvorada, depois de mais de uma hora de reunião com políticos do Rio.

Ao ser questionado se só faltava Garotinho nessa aliança, o vice-presidente José Alencar, que também participou do encontro, brincou: "tem eu que sou muito jovem".

Em declaração à imprensa, depois de ouvir o apoio de Crivella e Sérgio Cabral, Lula disse que a eleição no Rio de Janeiro está mais tranqüila, porque tem o melhor candidato. Mas não quis cantar vitória. "Não existe eleição fácil", disse o presidente, insistindo que se Cabral foi eleito e ele reeleito, o Rio vai passar a ter dois administradores que não são estranhos para o Estado.

"O povo do Rio, que sempre foi generoso comigo, sei que será generoso de novo", disse o presidente, que aproveitou para informar que R$ 385 milhões serão investidos em segurança no Rio por causa dos jogos Pan Americanos. "Temos de fazer dos jogos panamericanos um modelo para reivindicar a Copa do Mundo. É inadmissível que em 2014 a Copa do Mundo não seja no Brasil", afirmou o presidente.

Ele reiterou que 99% de todas as políticas sociais são feitas pelo governo federal, que os estados não fazem política social. E avisou que embora o seu governo seja de todos, tem de priorizar os mais necessitados.

Lula fez questão de ressaltar que os bancos ganharam dinheiro durante o seu governo e que "é melhor ganhar emprestando do que quebrando e pegando Proer", numa referência indireta ao candidato tucano, Geraldo Alckmin, e à política adotada pelo PSDB, na gestão FHC. Ao final, ao ser perguntado se estava deixando o governo para segundo plano, Lula respondeu: "Aqui só tem primeiro plano. Não tem nada em segundo plano".

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