Lula pede a comando petista que evite o ?salto alto?

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou ao comando de sua campanha e aos diretórios estaduais petistas em todo o País que ajam sempre pensando no segundo turno da eleição. Ninguém deve sair das ruas, afirmou Lula na tentativa de evitar o ?salto alto? no partido, levando em conta que os recentes resultados das pesquisas eleitorais de intenção de votos apontam para a possibilidade de vitória do candidato no primeiro turno.

?Nós vamos trabalhar pensando no segundo turno. Vamos manter nossa mobilização para termos a maior votação possível no primeiro turno, de forma que possamos passar para o outro turno em vantagem sobre o segundo colocado, que não sabemos ainda quem será?, disse o deputado Aloizio Mercadante (SP). ?Tudo o que Lula nos tem dito é para que ninguém seja contaminado pelos resultados das pesquisas?, afirmou Mercadante.

Lula reuniu o comando de sua campanha e seus principais colaboradores na terça-feira à tarde – e entrou pela noite logo depois de ter participado da entrevista que inaugurou a série Presidenciáveis no Grupo Estado. Como exemplo de que a vigilância não pode ser esquecida nunca, Lula citou reunião realizada também na terça-feira, em Brasília, quando foi decidido que o PT mobilizará um batalhão de cerca de 700 mil fiscais nas eleições de 6 de outubro.

A rede de fiscais do PT deverá atingir todos os municípios. O País foi dividido em 413 microrregiões que ficarão subordinadas a 62 coordenadores localizados em igual número de cidades todas as com mais de 200 mil eleitores. Na semana que vem o PT começa a fase de treinamento de seus fiscais. O partido deverá sortear aleatoriamente 12 mil urnas para fazer uma auditoria.

Nesse exame será feita a comparação entre o boletim de votação fornecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o boletim emitido pela urna. Este será encaminhado pelos fiscais petistas à central de fiscalização do partido, em São Paulo.

O trabalho de montagem da imensa rede de fiscais é voluntário, mas o PT estima que gastará cerca de R$ 250 mil com o esquema de fiscalização. De acordo com Joaquim Soriano, coordenador do exército de fiscais, o dinheiro será gasto no treinamento, software e telefone. A estratégia do PT é receber uma cópia por fax, imediatamente após o encerramento da votação, de todos os boletins eleitorais. O sistema de urna eletrônica é considerado confiável pelo PT, mas também vulnerável.

Voltar ao topo